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28.8.09

52. barão geraldo: o homem e o mito

desde que vim morar no barão geraldo, tenho curiosidade de saber quem foi o tal barão geraldo, como ele viveu e, sobretudo, se foi ele quem deu o brinco de ouro pra princesa.
pois, eis que esta semana andrea me revela informações contundentes a respeito do barão geraldo, não o bairro, mas o barão himself.
segundo ela, o tal barão tinha uma fazenda onde hoje é o bairro e, obviamente, era uma fazenda de café. sua história e a de sua família foi marcada pela tragédia, já que o barão faliu, perdeu tudo e, então, morreu de melancolia. uma de suas filhas albinas cometeu o suicídio.
achei particularmente interessante o fato de a história ser trágica e também o fato de o barão ter tido duas filhas albinas. cogitei que talvez fossem gêmeas, além de albinas, mas de acordo com andrea esta informação não procede. wagner, por sua vez, acha que seria ainda mais interessante se além de albinas e gêmeas, fossem gêmeas siamesas. de fato, seria. mas não é, e um forte sentimento empiricista tomou conta de mim, a ponto de desejar desvendar a verdade sobre o barão e sua família. fazer a crítica interna E externa das fontes e atingir o âmago da questão.

portanto, recorri ao google.

concordo que não foi a atitude que ranke recomendaria ao historiador, mas creio ter encontrado coisas peculiares, por exemplo, uma FOTO do próprio barão geraldo acompanhado de sua família na fazenda santa genebra, onde residia. seu nome completo era geraldo de souza rezende.
a foto foi encontrada num interessante blog que busca preservar a memória de campinas.


não sei se são meus olhos, mas não vejo nenhuma moça albina. talvez seja apenas uma lenda que envolve o homem. em todo caso, o google também me informou que o barão, embora não tenha morrido de melancolia, cometeu o suicídio após tudo perder. é claro que não se morre de melancolia num sentido literal, mas acho que o suicídio é uma prova cabal de que o homem não estava num momento de muita felicidade com a sua vida. a fazenda santa genebra foi a leilão e muitos imigrantes adquiriram lotes de terras, por isso hoje em dia há nomes de ruas como "luís vicentin" e outras coisas "vicentin".

outra história peculiar, desta vez contada pela andrea e não pelo google, diz respeito a uma das meninas supostamente albinas. uma delas teria se casado com o albino j. b. de oliveira (que hoje é nome da avenida no centro do barão). o mais engraçado é que a moça albina não se chamava "albina" e o seu marido não era albino, mas se chamava "albino". curioso, não? é pena que a foto, a princípio, desminta o boato sobre as filhas albinas.

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