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3.3.11

127. experiência antropológica

esta semana estou dando aulas em cachoeirinha.
embora tenha me apegado a algumas crianças da quinta série, mas especialmente às da sexta, não estou gostando.
uma amiga me ensinou na véspera do meu primeiro dia: utilize os ensinamentos da supernanny e do encantador de cães. eu acho que a supernanny está correta nas suas aplicações behavioristas totalmente out na faced. mas acho isso cansativo demais. a criança não quer ficar sentada, você pega a criança pelo braço e a coloca de novo no banquinho. ela levanta. você pega ela pelo braço e a coloca de novo no banquinho. ela levanta. você pega ela pelo braço e a coloca de novo no banquinho. e assim por diante, indefinidamente.
sempre que eu assistia a supernanny eu pensava que em alguns casos o melhor seria os pais desistirem de seus fihos pentelhos e começarem tudo de novo, do zero. recuperar seria muito trabalhoso.
bom, dar aulas pra quinta série é ter 30 destes durante duas horas. e ter de levar todos eles até suas classes e sentá-los, tantas quantas forem as vezes que eles levantarem. e eles fazem isso juntos. é como um daqueles jogos de atari, tu recolhe um, já tem outros 30 saindo do lugar de novo.
eu pretendia tomar isso como uma experiência antropológica, mas, na verdade, eu estou odiando. espero nunca mais ter de aulas pra crianças de novo.